tenho medo das linhas
à volta das coisas
linhas de luas lentas
ao longe mas à lupa
ondas rápidas que escurecem
com falta de probabilidade
não existem
linhas quadradas de xadrez
penduradas no Anjo
e desfeitas em renda pela noite
à espera do tempo
entre a laranja e o resto do mundo
tenho medo que não existam
as linhas à volta do meu corpo
1 comentário:
Olá Joana
gostei imenso deste teu poema e do subtil ilimitar do espaço.
Abraço
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