terça-feira, 23 de março de 2010

à volta das coisas

tenho medo das linhas
à volta das coisas

linhas de luas lentas
ao longe mas à lupa
ondas rápidas que escurecem
com falta de probabilidade

não existem

linhas quadradas de xadrez
penduradas no Anjo
e desfeitas em renda pela noite
à espera do tempo

entre a laranja e o resto do mundo

tenho medo que não existam
as linhas à volta do meu corpo

1 comentário:

josé ferreira disse...

Olá Joana

gostei imenso deste teu poema e do subtil ilimitar do espaço.

Abraço