De que forma te mato hoje?
Se não me enojasse o sangue,
já te teria aberto a cabeça em buraco de bala,
uma faca, quem se rala...
A cama o copo
a escova de dentes
dou-te a escova
não tens dentes
Vomitaste-me o veneno
Nem te caiu um cabelo
As bolas de sabão que não vês
eram bocados leves de seres
mas doi-te a gravidade
Nem uma lesão no empurrão
Abro o gás e foges num zás
Caí Caim
fui com as bolas de sabão
bolas que voam sem asas
Mato-me hoje, isso não te posso dar
Trabalho de grupo II
(Ana e Joana)
1 comentário:
Há um registo surrealista interessante, acho que em certos momentos não muito bem conseguido, como "e foges num zás". Mas o ponderar da forma de matar é muito original - e forte. Gosto muito do início: "de que forma te mato hoje?", como se a morte fosse uma encenação.
Enviar um comentário