Imagens
que voltavam devagar,
se encostavam a ela sem pudor.
E no silêncio, a esfinge impenetrável,
sabendo-lhe de cor o coração:
desistente dos barcos,
depondo pelo chão de outros palácios
as armas mais preciosas.
“Não posso”, acrescentara
sentindo aproximar-se a hora
exacta.
ANA LUÍSA AMARAL, Imagens, Campo das Letras, 2000: 47
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