sexta-feira, 21 de agosto de 2009
A agulha de alfaiate
No terreno, nas linhas de uma fronteira
o muro caído estendia as pedras como filhas
alterava o espaço de torrões secos no cimo
de pomares, acima da um espelho de albufeira
esse rio claro de pousios e cantos de asas
pios encobertos nos raios incomuns do castanheiro
o mais antigo, o mais sabedor e confidente
de muitas histórias de ouriços e folhas recortadas.
Particular e alta aquela rocha onde moram
covas seculares de águas paradas
na original pura envolvência que exprime
o etéreo lugar do ininterrupto sentir
aquele que se une de distâncias
e melodias breves e fortes
no doce tremer dos nossos alicerces
a sequência mais similar de um Paraíso
por debaixo do mar e uma existência de ondas.
Agora mais leve é a seda dos dedos
nas janelas que fecho ao presente
de claridades e escuros dispersas
o rebusco de infinitos nas brisas complexas
nos lugares mais sérios do sorriso.
Junto á serra de novo ergo
esta e aquela natureza adversa
reconstruo sem mágoa o sossego
- pedra a pedra o muro caído;
qual agulha de alfaiate
nas baínhas de umas calças
ou nas rodas de um vestido.
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