De palavras mínimas assim é a poesia
largos sentidos, vastos mares, nuvens
raios solares a perder de vista.
Feitas de giras células em carapaças
químicas; sente-se o ruído de asas
em fim de ciclo, o ciclo da seda
casulos de borboletas cor de cera.
As palavras mínimas, as poesias
abrem de cuidados as dermes, soltam
o mais íntimo sentir do centro
que se espalha fluorescente
luz clara de corpos que cresce e sobe
em teia de tecidos, céu de vitrais
nos fios finos que unem as estrelas
ao núcleo de veste branca
musa de um mar de veludos.
Nas palavras mínimas dos poemas
não há o perigo fugaz dos líquidos
as asas são sólidas não de Ícaro.
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