Esta cerveja! essa rua!
A miséria que isto sua!
Mas trago o curso perfeito
Da ventura, dentro do peito.
Saudemo-lo cada vez
Que cantar o galo gaulês.
Ah, é tarefa cumprida:
Está dono da minha vida.
Levou-me a alma, corpo, escorços
E dispensa-me de esforços.
Esta cerveja! essa rua!
A hora da fuga, ó sorte,
Será a hora da morte
Esta cerveja! Essa rua!
Tudo isto foi. Hoje, sei saudar a beleza.
Jean-Arthur Rimbaud
'Iluminações - uma cerveja no inferno'
Tradução de Mário Cesariny
1 comentário:
Joana não conhecia este poema que gostei. Despertaste em mim a curiosidade de rever Rimbaud.
Obrigado
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