Moinhos de vento perseguia
velas gastas dedos vazios
alguém me chamava
eu não ouvia!
A roda rodava
moía moía
branca farinha
tornava macia.
As vozes lá fora
e eu não sabia!
Um vulcão um dia
do ventre da terra
subia subia
lançava lava
brechas abria.
Portas janelas
rodas farinha
num mar de raiva
tudo sumia!
Quanndo assustado
do lume das pedras
nos arvoredos
já me escondia
indaguei ao vento
o que acontecia?
"Eu só sopro e ribombo
em voz de trovão
das tempestades
não sei a razão!
Pergunta ao mocho
se sabe ou não!"
Vi alto o mocho
parado ficou não se mexia
olhos redondos fechava e abria.
Eu acordado já não tremia
do negro sonho já emergia.
Olhos abertos via caminhos
na quietude sabedoria!
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