ESte foi o resultado do último trabaalho de grupo
de dois esforçados aprendizes na arte descascar palavras.
Foi necessário pôr de molho em àguas várias, cozê-las,
descompô-las e no fim saborear. Este foi o resultado:
No rosto do céu
O banco levado pela corrente
feito de tábuas tortas
flutuando sobre o mar
um silêncio de almas mortas.
Já não escuto as vozes
só os braços das ondas
as espumas de manto
a mão a perna o banco.
Na sina da sorte
no rosto do céu
em ti, meu banco, morte,
eu deposito a vida.
Apresentamos também uma segunda versão
O banco levado pela corrente
feito de tábuas tortas
flutuando sobre o mar
ruído grito de gaivotas.
Já não escuto as vozes
só os braços das ondas
as espumas de manto
a mão a perna o banco.
Na sina da sorte
no rosto de céu
em ti, meu banco, morte,
eu deposito vida.
Elza e José
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