quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Livre

Até a voz do mar se torna exílio
E a luz que nos rodeia é como grades


O silêncio grita na espera vazia,
E a sombra inunda as minhas tardes.
O luar não encontra janelas
Por onde se veja a madrugada,
Que ressuscite nos olhos e na voz
O som esquecido da gargalhada,
Que conquiste o mar, dele faça caminho aberto
E dance na alegria do encontro e na saudade,
Que ser humano… adulto, criança, sério, insano…
Tudo é nada, se o não é em liberdade.



António Roma e  Raquel Patriarca
19.novembro.2008

4 comentários:

josé ferreira disse...

Gostei do resultado do vosso primeiro desafio, do poema que se inicia aprisionado, e se afirma com " o silêncio que grita na espera vazia/o luar que não encontra janelas/que ressuscite nos olhos e na voz/que conquiste o mar" voltando em círculo final à essência " Tudo é nada, se o não é em liberdade "
Parabéns!

Elza disse...

Gostei imenso do caminho que tomaram estes vossos versos da liberdade! Parabéns!

José Almeida da Silva disse...

Belíssimo trabalho poético! E que belo entendimento de liberdade!

Parabéns.

M. disse...

Se eu não estivesse presente no momento da criação diria: ah e tal...provavelmente tiveram muito tempo para escrever o que escreveram, por isso está tão bom e conseguido.
A "inveja poética" é o melhor elogio que vos posso dar. Gostava de ter aprisionado as vossas palavras, ter roubado a vossa ideia e fugir livre apregoando que este poema era meu!
Parabéns