Amanheceste em mim pelo poente
Um fim de tarde azul e sorridente
Rosa e jasmim sem tempo era novembro
O caminho sorria-me por dentro
Rumei com os teus passos no meu peito
Amor e riso de silêncio feito.
Maio chegou cresceu fez-se gigante
A flor desabrochou e foi ternura
Roxos os lírios belos girassóis
Infinitos os sonhos terna amante
Abriram mares de luz em terra pura.
Da vida gesto abraço beijo mosto
Aurora boreal e dom de agosto.
Colhemos horizontes céus fagueiros
O mar veio oferecer-nos loira areia
Sempre que os nossos olhos se tocaram
Tendo por fundo apenas o luar
A vida e o futuro a conquistar.
E as searas sorriram sóis e luas
Sentimentos jardins loiras espigas
Infinitos efémeros nuvens nuas
Ligando estrelas girassóis e lírios.
Vesperal é o canto do amor
Amanhecido em nós e feito flor.
José Almeida da Silva
In "Amanheceste em mim pelo poente"
3 comentários:
"Amanheceste em mim pelo poente
...
Sempre que os nossos olhos se tocaram
Tendo por fundo apenas o luar
A vida e o futuro a conquistar."
Liiindo!
Este poema é lindíssimo! Tem luz, tem flores e cheira bem, a rosas e jasmim, a mar e a lírios roxos!
" Vesperal é o canto do amor
Amanhecido em nós e feito flor."
Parabéns, José!
Ah, uma sugestão, para quem publicou (foi a Celeste?): Falta o título da mensagem/ poema, o que só abrilhantará este post já de si tão bonito.
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